Você é do tipo que dorme tarde e acorda cedo? Pois é bom repensar sobre sua rotina do sono.
Uma nova pesquisa descobriu que adultos (em especial os com mais de 50 anos) dormem menos que cinco horas por noite e tem como probabilidade desenvolver múltiplas doenças crônicas.
De acordo com o principal autor do estudo, Séverine Sabia, estudos anteriores também demonstraram uma ligação entre dormir menos e desenvolver condições como diabetes, pressão alta, doenças cardiovasculares e demência.
Como melhorar o sono à medida que envelhecemos
O primeiro passo é procurar fazer uma higiene do sono. Se ela não funcionar, você deve considerar se você tem um distúrbio do sono, de acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono (AAMS).
É uma boa ideia fazer um exame de sono para ver se você está passando por uma dessas condições:
Ronco e apneia
O ronco é muito comum, afetando 40% de todos os adultos e, à medida que envelhecemos, a condição pode piorar (ou aparecer, mesmo se antes você não roncava), já que a musculatura por onde o ar passa acaba ficando naturalmente mais flácida e, com a passagem do ar, ela vibra mais.
Já a apneia do sono é uma condição em que uma pessoa para de respirar periodicamente durante o sono. Ela também pode aumentar o risco de uma pessoa ter pressão alta, derrame, doenças cardíacas e problemas cognitivos.
As duas condições podem interferir na obtenção de uma boa noite de sono, fazendo com que você acorde cansado porque, por mais que não perceba, você não dormiu ininterruptamente.
Ao fazer um exame de sono e constatar esse problema, procure um otorrinolaringologista. “O tratamento pode incluir o uso de aparelhos odontológicos para manter as vias respiratórias desobstruídas ou, nos casos mais graves, a cirurgia pode ser uma opção”, destaca o médico otorrinolaringologista Alexandre Cury.
Distúrbios de movimento
É quando você se mexe demais, mesmo enquanto dorme. O distúrbio mais comum desse tipo é a síndrome das pernas inquietas (SPI), ocorrendo em mais de 20% das pessoas com mais de 80 anos, de acordo com a AAMS.
Se seu exame de sono detectar esse problema, o melhor é procurar um neurologista, que pode prescrever remédios que diminuam essa movimentação.
Insônia
Diferente dos problemas anteriores, que as pessoas muitas vezes não percebem que têm, a insônia fica clara para a maioria, causando até mesmo uma certa angústia.
Ela é a queixa de sono mais frequente e é classificada quando alguém demora muito para adormecer ou acorda no meio da noite, sem conseguir pegar no sono novamente.
Se esse é o seu caso, o ideal é procurar tanto um psiquiatra ou neurologista, que podem prescrever medicamentos para o sono, como fazer um tratamento acompanhado de psicólogo, para entender as causas que te mantém acordado à noite.