Saúde da mulher: como cuidar do corpo e da mente femininaSaúde da mulher: como cuidar do corpo e da mente feminina

Sabemos que manter a saúde em dia é super importante, mas quando se trata de saúde da mulher, o assunto fica ainda mais especial. 

Não é à toa que o governo brasileiro destaca que existem pelo menos 7 pontos de conhecimentos essenciais relacionados a esse assunto!

Ainda não sabe quais são eles? Fique tranquilo! Preparamos um conteúdo completo sobre como cuidar do corpo e da mente feminina, incluindo dicas sobre alimentação e hábitos saudáveis. Vem com o QBemQFaz!

Saúde ginecológica

A saúde ginecológica refere-se ao estado de bem-estar físico, mental e emocional das mulheres em relação aos seus órgãos reprodutivos e sistemas relacionados. 

Ela abrange uma ampla gama de questões e condições que afetam a saúde das mulheres, desde a adolescência até a menopausa. Conheça algumas delas: 

  • Mudanças no ciclo menstrual;
  • Sangramentos transvaginais anormais;
  • Sangramentos após a menopausa;
  • Dor pélvica aguda ou crônica;
  • Nódulos mamários;
  • Infertilidade;
  • Corrimentos vaginais;
  • Úlceras genitais;
  • Verrugas vulvares;
  • Dor ao urinar;
  • Incontinência urinária;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Alterações na sexualidade.

Esses sinais podem estar relacionados a distúrbios ginecológicos e, por isso, é relevante explorar alguns desses distúrbios e como a nutrição desempenha um papel fundamental. 

Mioma Uterino

Os miomas uterinos são nódulos benignos que podem afetar de 70% a 80% das mulheres em idade reprodutiva, causando significativas alterações no ciclo menstrual. Uma porcentagem considerada alta, não é mesmo?

Mas, apesar de sua recorrência, a causa ainda não é plenamente compreendida. No entanto, alguns pesquisadores destacam uma forte ligação entre fatores genéticos como idade, etnia e estilo de vida no surgimento desses nódulos.

A boa notícia é que uma dieta rica em vegetais e frutas, especialmente cítricas, maçã, repolho, brócolis e tomate, juntamente com uma redução na ingestão de cafeína e álcool, está associada à diminuição da prevalência de miomas em mulheres em idade reprodutiva!

A adequada ingestão de vitaminas como A e D, além de ácidos graxos ômega-3, também demonstrou correlação com menor incidência de miomas. Isso porque, as eficiências desses nutrientes foram relacionadas a maior incidência desses nódulos. 

E para finalizar essa lista benéfica, não podemos esquecer do chá-verde. Essa infusão pode contribuir para reduzir os sintomas do mioma, embora seja necessário mais estudos para compreender melhor essa relação. 

Síndrome dos Ovários Policístico

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), é caracterizada pela presença de cistos nos ovários, sendo uma das síndromes ginecológicas mais comuns em mulheres. 

Além de impactar o ciclo menstrual, a SOP está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, resistência à insulina e síndrome metabólica. E, embora a causa exata seja desconhecida, acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. 

Nesse contexto, além do tratamento medicamentoso, mudanças no estilo de vida – principalmente na alimentação – são essenciais e muito recomendadas. Confira algumas delas:

  • Dietas como DASH e low carb: são indicadas, pois além de auxiliarem na perda de peso, contribuem para a regulação da insulina e dos hormônios;
  • Suplementação de vitaminas D e E: assim como a coenzima Q10, mostrou-se benéfica para regularizar o ciclo menstrual e mitigar sintomas secundários da SOP, como resistência à insulina e controle de peso. 
  • Ingestão regular de selênio: uma vez que níveis baixos desse nutriente foram observados na maioria das mulheres diagnosticadas com SOP.

Períodos pré e pós-menopausa

O período que antecede e segue a menopausa pode acarretar o aparecimento de condições crônicas, como: hipertensão, diabetes, distúrbios lipídicos, artrite reumatoide, osteoporose e diversos tipos de câncer, ginecológicos ou não.

Ufa! Depois dessa lista enorme, nem precisamos falar que a vigilância nesse estágio da vida é de extrema importância, não é mesmo?

A alimentação desempenha um papel crucial na atenuação dos sintomas da menopausa e na promoção do bem-estar físico e emocional. Para te ajudar com a saúde da mulher, considere o aumento no consumo de:

  • Frutas, legumes e vegetais;
  • Sementes oleaginosas e óleos vegetais ricos em vitamina E;
  • Chá de folha de amora e inhame, conhecidos por auxiliar no controle dos fogachos;
  • Cogumelos, como fonte de vitamina D;
  • Cereais integrais, ovos e grãos, fornecedores de vitamina B6, contribuindo para uma sensação geral de bem-estar;
  • Alimentos ricos em fitoestrogênios, vitamina C, E, D, cálcio e ômega-3, como frutos secos, cereais, leite desnatado, queijo branco e grão-de-bico.

Ah! Também é importante saber que reduzir a ingestão de carboidratos refinados e açúcares é uma prática recomendada. 

Controlar a ingestão calórica também se apresenta como uma medida importante. Por meio desses cuidados, a mulher pode favorecer a sua saúde e qualidade de vida durante essa fase de transição significativa.

Saúde reprodutiva

A saúde reprodutiva refere-se ao estado geral de bem-estar físico, mental e social relacionado à capacidade reprodutiva e sexual das mulheres. E falando nisso, confira uma das doenças mais comuns relacionadas ao tema!

Endometriose

A endometriose afeta de 6% a 10% das mulheres e é definida como uma condição sensível aos níveis de estrogênio, caracterizada por dor pélvica intensa e uma das causas de infertilidade feminina.

Embora a base de tratamento com medicamentos hormonais seja muito recomendada pelos médicos, a alimentação adequada também tem demonstrado uma forte relação com a prevenção e o controle dos sintomas!

A eficácia é geralmente apresentada em uma dieta enriquecida com frutas, vegetais e a ingestão adequada de vitaminas D, ômega-3, C e E. 

Além disso, a redução no consumo de carne vermelha tem sido associada a uma menor incidência da doença, uma vez que esses nutrientes agem no processo oxidativo, comum na origem da endometriose.

Gravidez e pré-natal 

O pré-natal desempenha um papel crucial na prevenção e detecção precoce de doenças maternas e fetais, permitindo o desenvolvimento saudável do bebê e a minimização dos riscos para a gestante. 

Durante esse acompanhamento, é possível identificar condições como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, anemias e infecções como sífilis. O diagnóstico precoce permite intervenções que não apenas beneficiam a gestação, mas também influenciam a saúde da mulher ao longo de sua vida.

Nutrição na gravidez é importante?

Sim! A especialista Melina Conejo destaca que o nutricionista tem um papel importante em identificar e abordar situações comuns durante a gravidez. 

Náuseas e vômitos, frequentes no primeiro trimestre, são exemplos. Estratégias como refeições pequenas e fracionadas, alimentos secos e de baixo teor de gordura, juntamente com biscoitos de água e sal pela manhã, podem aliviar esses sintomas. 

Além disso, é importante destacar que cada mulher pode encontrar alimentos que funcionem no processo da redução da náusea, lembrando sempre de não exagerar. Geralmente, esse quadro melhora após o terceiro mês, com aumento do apetite!

Outro sintoma comum é a azia, causada pela pressão uterina sobre o estômago. Para aliviar, é recomendado comer e mastigar devagar, evitar jejuns prolongados, fracionar as refeições e evitar comer em excesso.

Essas orientações são genéricas e podem não ser eficazes ou apropriadas para todas as gestantes. Portanto, um atendimento nutricional individualizado é indicado, combinado?

Além disso, alguns alimentos podem conter toxinas prejudiciais ao feto e causar infecções com potencial de malformações, como a toxoplasmose. 

Assim, muitas gestantes precisam adaptar sua dieta para evitar intoxicações que poderiam afetar o bebê a curto e longo prazo.

As mudanças alimentares não envolvem apenas os tipos de alimentos, mas também como são preparados, fornecendo orientações cruciais para a saúde da mãe e do bebê.

Cânceres

Conforme dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer, os tipos mais comuns na população feminina englobam o câncer de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e tireoide. 

Para prevenir essas condições na saúde da mulher, é necessário adotar exames ginecológicos regulares, incorporar hábitos saudáveis (como evitar o tabagismo, seguir uma dieta rica em fibras, frutas e vegetais) e praticar atividades físicas regularmente.

Essas ações não ajudam apenas na prevenção de problemas ginecológicos não cancerígenos, mas também desempenham um papel importante na estratégia geral de prevenção do câncer.

Idade avançada

Você provavelmente já observou que, quando se trata da população idosa masculina, os cuidados são mais voltados para a prevenção e detecção precoce do câncer de próstata. 

Por outro lado, para as mulheres idosas, a atenção é direcionada aos cânceres de mama, endométrio, ovário e colo do útero. Além disso, é mais comum que elas enfrentem a osteoporose. 

Para manter a saúde em dia e evitar problemas, veja algumas recomendações nutricionais para a saúde da mulher idosa:

  • Faça refeições em horários regulares, com porções fracionadas e quantidades controladas;
  • Garanta uma ingestão adequada de líquidos, em média 8 copos de 200 ml por dia;
  • Priorize o consumo de carnes brancas, magras ou alternativas vegetais como a soja, preferencialmente preparadas por cocção, assado ou grelhado;
  • Escolha proteínas de fácil digestão, como leite desnatado, iogurte, queijos e clara de ovo;
  • Inclua alimentos ricos em cálcio, ferro e outros minerais, como leite, queijo, peixes, feijão, soja, semente de gergelim, amêndoa, aveia e vegetais de folhas escuras;
  • Ajuste a ingestão calórica conforme o estado nutricional, nível de atividade física, saúde geral e tolerância, sendo uma recomendação média de 30 kcal por quilo de peso por dia;
  • Previna e trate a desnutrição, a desidratação e a obesidade, sempre seguindo as orientações de um profissional de saúde.

Nutrientes como as vitaminas D, A, E, o selênio, o zinco e o ômega-3, não apenas desempenham um papel crucial no processo anti-inflamatório, mas também têm funções bem definidas no combate aos danos oxidativos. Assim, contribuindo para a prevenção de diversas doenças. 

Ah! E nada de adotar uma dieta por conta própria! A orientação de um profissional de saúde é fundamental para uma abordagem nutricional adequada.

Saúde mental

A saúde mental das mulheres apresenta algumas diferenças em comparação à dos homens, devido às alterações hormonais que ocorrem ao longo do ciclo menstrual, gravidez, amamentação e menopausa. 

Além desses fatores, a pressão social imposta pelos padrões de vida e beleza contribui para elevar os níveis de estresse, não é mesmo?

Assim, as mulheres estão mais suscetíveis a oscilações de humor e transtornos de ansiedade, apresentando maior propensão a enfrentar quadros de depressão. 

Portanto, são necessários cuidados adaptados, e alimentação pode ajudar nisso! Ela desempenha um papel de relevância, não apenas no tratamento, mas também na prevenção de distúrbios mentais. 

Quais alimentos ajudam na saúde mental?

Existem certos alimentos, grupos alimentares e nutrientes que se destacam na ciência por seus benefícios nutricionais para saúde mental das mulheres. Entre eles estão os peixes, como atum, salmão, cavala, e sardinha, ricos em ácidos graxos ômega-3. É recomendado consumir de 2 a 3 porções semanais.

Frutas e vegetais também desempenham um papel importante, especialmente as frutas cítricas e vermelhas (como kiwi e maçã), vegetais de folhas verdes, tomate, banana, cenoura e pepino. 

Os efeitos neuroprotetores desses alimentos são mais evidentes com um consumo diário de 5 porções (cerca de 400g), conforme a atual recomendação da Organização Mundial de Saúde.

Incorporar alimentos probióticos e azeite de oliva na rotina também pode ser uma estratégia positiva para o tratamento secundário de problemas de saúde mental.

A chave é manter uma dieta equilibrada e variada, com foco em frutas, vegetais, peixes e fontes de fibras! 

Assim, é possível reduzir sintomas de ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais, além de promover níveis mais elevados de bem-estar e felicidade.

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